domingo, 7 de dezembro de 2014

Natal, Família e o Absurdo de Camus

Final de ano.
Ouvi uma menção sobre o que ocorre com as famílias que se (re)unem e confraternizam e desejam entre si muito amor e muita paz e alegria...e, logo que passa o Natal, boa parte disso tudo, entra em férias ou em conflito... com a família.
"Família é a pedra-nossa-de-cada-dia." A pedra de Sísifo.

Sísifo era considerado o mais astuto dos mortais. Enganou a morte por duas vezes. Morreu de velhice. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo. Foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore por toda a eternidade até o cume de ma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o esforço.
Albert Camus escreveu um ensaio filosófico sobre o Mito de Sísifo:
Camus introduz sua filosofia do absurdo: o do homem em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Será que a realização do absurdo exige o suicídio? Camus responde: "Não. Exige revolta."
Abraçar o absurdo implica abraçar tudo de insensato que o mundo tem a oferecer. Sem um sentido na vida, não existe uma escala de valores.
Sísífo desafiou os deuses e teve sua condenação. A nossa é estar compelidos na missão de ser   família.